A ideia feita dessa questão diz respeito ao fato de que toda vez em que o tema da Recopa se torna atual, vem acompanhado da discussão de sua importância. Ou seja, não há a opção de se referir a esse tema, em momentos em que é tomado como sendo atual, sem entrar nesse questionamento, justamente porque esse aparece de modo inerente ao tema que o instiga; ao mesmo tempo em que este permanece necessariamente submisso àquele.
Argumento 01: os clubes brasileiros têm, hoje, a possibilidade de disputarem oito competições: Campeonato Estadual, Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro, Copa Sul-Americana, Copa Suruga, Copa Libertadores da América, Recopa Sul-Americana e Mundial Interclubes. Apesar de nenhum clube poder participar, num mesmo ano, de todas essas competições, ainda assim todos são participantes em potenciais, ao menos no aspecto legal. Ora, se é verdade que o objetivo do futebol profissional é a vitória, é contraditório considerar a hipótese de que vencer uma dessas competições não seja importante. São competições que constituem os calendários das entidades que organizam o futebol (as mesmas que garantem o caráter profissional dos clubes e que legitimam os seus grandes objetivos: as vitórias!). Considerando que os clubes não têm a opção de não participar dessas competições, a discussão envolvendo as suas importâncias não tem qualquer sentido. Tal discussão somente faz sentido quando o que está em questão é a participação numa competição que ocorre eventualmente, e que depende do fato de os clubes aceitarem os seus convites. Nesse caso, o questionamento da importância faz sentido porque cada caso envolve um novo conteúdo e uma nova situação, instigando um debate que envolve a escolha (afinal, o clube tem a opção de não aceitar o convite) e que, sobretudo, desprende-se do tema instigador (a simples existência da competição).
Argumento 02: no dia de hoje, 10 de agosto de 2011, há 2600 colorados em Buenos Aires (Avellaneda), apenas para assistir ao primeiro jogo da Recopa, envolvendo Internacional e Independiente. A imprensa esportiva da Argentina prevê 35 mil pessoas no estádio.
O ato de suprimir importância de uma competição não passa de uma estratégia, a qual pode ser expressa no seguinte raciocínio: "já que não estou participando dessa competição, convém-me elaborar enunciados pejorativos acerca dela". Isso não significa, entretanto, que tal enunciado não possa ser elaborado por alguém que não faça parte de uma torcida adversária, pois, apesar do dono desse enunciado poder ser simpatizante do clube envolvido, ainda assim pode não simpatizar com as pessoas ocupantes dos cargos provisórios (jogadores, comissão técnica, direção etc.). As informações, disponibilizadas no início deste argumento, apenas expressam que a importância de uma competição depende muito mais da reação singular dos torcedores do que das tentativas de hierarquizar as competições a partir de argumentos que, por se pretenderem universais, não podem abrir mão do raciocínio generalizado (como se a reação da torcida (que é múltipla) pudesse ser antecipada do mesmo modo em que se antecipa a reação de uma pessoa conhecida).
Argumento 01: os clubes brasileiros têm, hoje, a possibilidade de disputarem oito competições: Campeonato Estadual, Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro, Copa Sul-Americana, Copa Suruga, Copa Libertadores da América, Recopa Sul-Americana e Mundial Interclubes. Apesar de nenhum clube poder participar, num mesmo ano, de todas essas competições, ainda assim todos são participantes em potenciais, ao menos no aspecto legal. Ora, se é verdade que o objetivo do futebol profissional é a vitória, é contraditório considerar a hipótese de que vencer uma dessas competições não seja importante. São competições que constituem os calendários das entidades que organizam o futebol (as mesmas que garantem o caráter profissional dos clubes e que legitimam os seus grandes objetivos: as vitórias!). Considerando que os clubes não têm a opção de não participar dessas competições, a discussão envolvendo as suas importâncias não tem qualquer sentido. Tal discussão somente faz sentido quando o que está em questão é a participação numa competição que ocorre eventualmente, e que depende do fato de os clubes aceitarem os seus convites. Nesse caso, o questionamento da importância faz sentido porque cada caso envolve um novo conteúdo e uma nova situação, instigando um debate que envolve a escolha (afinal, o clube tem a opção de não aceitar o convite) e que, sobretudo, desprende-se do tema instigador (a simples existência da competição).
Argumento 02: no dia de hoje, 10 de agosto de 2011, há 2600 colorados em Buenos Aires (Avellaneda), apenas para assistir ao primeiro jogo da Recopa, envolvendo Internacional e Independiente. A imprensa esportiva da Argentina prevê 35 mil pessoas no estádio.
O ato de suprimir importância de uma competição não passa de uma estratégia, a qual pode ser expressa no seguinte raciocínio: "já que não estou participando dessa competição, convém-me elaborar enunciados pejorativos acerca dela". Isso não significa, entretanto, que tal enunciado não possa ser elaborado por alguém que não faça parte de uma torcida adversária, pois, apesar do dono desse enunciado poder ser simpatizante do clube envolvido, ainda assim pode não simpatizar com as pessoas ocupantes dos cargos provisórios (jogadores, comissão técnica, direção etc.). As informações, disponibilizadas no início deste argumento, apenas expressam que a importância de uma competição depende muito mais da reação singular dos torcedores do que das tentativas de hierarquizar as competições a partir de argumentos que, por se pretenderem universais, não podem abrir mão do raciocínio generalizado (como se a reação da torcida (que é múltipla) pudesse ser antecipada do mesmo modo em que se antecipa a reação de uma pessoa conhecida).
Bacana a ideia.
ResponderExcluir:)
Abraxas.