Não tenho a menor intenção de dizer que Pelé não é o maior jogador da história do futebol; em verdade, sequer entro na questão "quem foi o melhor!". Quero apenas dizer que tal ideia se torna problemática na medida em que, uma vez expressada, não exige que seja defendida, argumentada; pelo contrário, acaba se impondo como verdade fácil, livre de qualquer questionamento e isenta de um empreendimento criativo. Trata-se, precisamente, do efeito de uma ideia pronta! O enunciado substitui o desafio que implica a observação individual de cada desempenho e de cada contexto histórico; impõe-se independentemente das experiências; dispensa a experiência.
Nada impede que alguém afirme que o melhor jogador da história do futebol mundial seja Rivaldo (ou Ronaldo, Romário, Zidane etc.); entretanto, o autor dessa afirmação é colocado, de imediato, diante do desafio de trazer, colado à sua afirmação, uma argumentação, uma defesa, a qual, justamente por ainda não estar pronta, exige que aquele lance mão de inventividade e de um empreendimento de dissimulação da ideia pronta. E esta, aliás, é a graça: nenhuma ideia pronta resiste ao poder de um efeito dissimulador.
Nesse caso, além de inventividade, o autor também não pode deixar de lançar mão do inevitável risco do seu esforço não funcionar. Eis a segunda graça: não é qualquer “oba-oba” que pode vir a convencer!
Nada impede que alguém afirme que o melhor jogador da história do futebol mundial seja Rivaldo (ou Ronaldo, Romário, Zidane etc.); entretanto, o autor dessa afirmação é colocado, de imediato, diante do desafio de trazer, colado à sua afirmação, uma argumentação, uma defesa, a qual, justamente por ainda não estar pronta, exige que aquele lance mão de inventividade e de um empreendimento de dissimulação da ideia pronta. E esta, aliás, é a graça: nenhuma ideia pronta resiste ao poder de um efeito dissimulador.
Nesse caso, além de inventividade, o autor também não pode deixar de lançar mão do inevitável risco do seu esforço não funcionar. Eis a segunda graça: não é qualquer “oba-oba” que pode vir a convencer!
Indivíduos que nasceram depois da década de 70 já nasceram com pelé como "O Rei". O título já era dele, por isso não se discute o contrário.
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