Se se afirma que times argentinos e uruguaios são “times de raça”, é apenas porque esses times são, geralmente, considerados inferiores em termos de qualidade quando comparados aos seus grandes adversários (seleção brasileira e algumas seleções européias; clubes brasileiros). É por isso que clubes como o Barcelona não são ligados à ideia de raça; é por isso que nunca se afirma que as seleções argentinas ou uruguaias venceram “na raça” quando a vitória foi sobre seleções como Venezuela, Peru ou Bolívia; é por isso que nunca se ouve falar em raça quando um time vence por goleada.
Quando um time vence com facilidade, no sentido em que a sua imposição em campo acontece com naturalidade, sua vitória é raramente associada à raça. O assunto da raça aparece apenas quando a vitória ocorre “no detalhe”.
Nesse sentido, pode-se afirmar que: (1) a “vitória na raça” está submetida à “vitória apertada”; (2) que um time que ganha com facilidade nunca é considerado um “time de raça”; (3) que os “times de raça” são aqueles que vencem um adversário que, na opinião pública, é melhor (isso significa que, para um time receber o rótulo de “time de raça”, necessita obedecer ao seguinte pré-requisito: é preciso que seja, de antemão, considerado inferior ao adversário).
Sobre essa última afirmação, precisa-se dizer que há uma única possibilidade de um time que é considerado melhor do que os seus adversários ser, ainda assim, considerado “de raça”: num primeiro momento, colocar-se numa situação desfavorável (do tipo: começar mal a partida ou o campeonato), para vir a receber o título de “time de raça” apenas em função da sua recuperação inusitada. Em outras palavras, o time precisa, antes de vencer, “parecer morto”, para então “ressuscitar” (pois, bem se sabe, não há como ressuscitar sem antes ter morrido!). O problema é que, nesse caso, é melhor fracassar e depois vencer do que ter a capacidade de obter sucesso desde o início.
Poder-se-ia argumentar que os “times de raça” merecem esse rótulo justamente porque, mesmo sem parecerem “os melhores”, ainda assim conseguem, por vezes, vencer. Entretanto, isso está muito mais ligado ao fato de, no futebol, os times superiores tecnicamente terem uma vantagem que não é, “nem de perto”, determinante, o que faz com que, por não raras vezes, times considerados inferiores vençam. Além disso, precisa-se levar em conta que o fato de um time ser inferior ou superior a outro não conta com qualquer cientificidade, mas conta tão somente com um reconhecimento popular (um time não é inferior ou superior, é apenas considerado inferior ou superior).
Isso significa que, para seguirem com o rótulo de “times de raça”, uruguaios e argentinos não podem alcançar o reconhecimento de um Barcelona (no caso dos clubes) ou de uma seleção brasileira (no caso das seleções). O time que “vence na raça” é, quase sempre, o time que vence sem ser considerado o favorito!
(Parte impulsionada por comentários feitos no blog: ainda que se recorra a situações específicas envolvendo este ou aquele clube, esta ou aquela partida, essas situações, somente por elas mesmas, não são suficientes para adquirirem, para o clube envolvido, o título de "time de raça". É por isso que a grande maioria das seleções e dos clubes, apesar de terem experimentado situações ditas "de raça", não possuem esse rótulo impregnado à sua imagem.)
Quando um time vence com facilidade, no sentido em que a sua imposição em campo acontece com naturalidade, sua vitória é raramente associada à raça. O assunto da raça aparece apenas quando a vitória ocorre “no detalhe”.
Nesse sentido, pode-se afirmar que: (1) a “vitória na raça” está submetida à “vitória apertada”; (2) que um time que ganha com facilidade nunca é considerado um “time de raça”; (3) que os “times de raça” são aqueles que vencem um adversário que, na opinião pública, é melhor (isso significa que, para um time receber o rótulo de “time de raça”, necessita obedecer ao seguinte pré-requisito: é preciso que seja, de antemão, considerado inferior ao adversário).
Sobre essa última afirmação, precisa-se dizer que há uma única possibilidade de um time que é considerado melhor do que os seus adversários ser, ainda assim, considerado “de raça”: num primeiro momento, colocar-se numa situação desfavorável (do tipo: começar mal a partida ou o campeonato), para vir a receber o título de “time de raça” apenas em função da sua recuperação inusitada. Em outras palavras, o time precisa, antes de vencer, “parecer morto”, para então “ressuscitar” (pois, bem se sabe, não há como ressuscitar sem antes ter morrido!). O problema é que, nesse caso, é melhor fracassar e depois vencer do que ter a capacidade de obter sucesso desde o início.
Poder-se-ia argumentar que os “times de raça” merecem esse rótulo justamente porque, mesmo sem parecerem “os melhores”, ainda assim conseguem, por vezes, vencer. Entretanto, isso está muito mais ligado ao fato de, no futebol, os times superiores tecnicamente terem uma vantagem que não é, “nem de perto”, determinante, o que faz com que, por não raras vezes, times considerados inferiores vençam. Além disso, precisa-se levar em conta que o fato de um time ser inferior ou superior a outro não conta com qualquer cientificidade, mas conta tão somente com um reconhecimento popular (um time não é inferior ou superior, é apenas considerado inferior ou superior).
Isso significa que, para seguirem com o rótulo de “times de raça”, uruguaios e argentinos não podem alcançar o reconhecimento de um Barcelona (no caso dos clubes) ou de uma seleção brasileira (no caso das seleções). O time que “vence na raça” é, quase sempre, o time que vence sem ser considerado o favorito!
(Parte impulsionada por comentários feitos no blog: ainda que se recorra a situações específicas envolvendo este ou aquele clube, esta ou aquela partida, essas situações, somente por elas mesmas, não são suficientes para adquirirem, para o clube envolvido, o título de "time de raça". É por isso que a grande maioria das seleções e dos clubes, apesar de terem experimentado situações ditas "de raça", não possuem esse rótulo impregnado à sua imagem.)